Afinação de pianos: necessidade, periodicidade e cuidados
Afinar um piano significa corrigir a
vibração das cordas, tensionando-as até que se alcance a vibração
relativa ao som de cada nota
Um músico deve ser capaz de afinar seu
próprio instrumento! Essa máxima funciona bem para a maioria deles, mas
não se aplica aos pianistas. E isso por vários motivos. Um deles é que o
piano
possui mais de 250 cordas e, mesmo que o músico conheça a fundo a
técnica – o que é extremamente raro -, o processo é demorado e deve ser
realizado com cuidado.
Afinar um piano é uma arte que requer muito treinamento e habilidade e, portanto, necessita do auxílio de um profissional.
Ao afinar o instrumento, o técnico adota
um procedimento específico, iniciando, geralmente, pela região média.
Para isso, ele utiliza cunhas ou tiras de feltro para emudecer duas das
três cordas correspondentes a cada nota do piano dessa região.
Depois de afinar uma corda, esses
elementos são retirados e as cordas remanescentes são afinadas em
uníssono a ela. O técnico então segue para as notas mais agudas,
repetindo o processo, e para as graves, que possuem apenas uma corda,
até que afine as 88 notas de um piano. Quando um piano é afinado
regularmente, esse processo torna-se mais rápido, pois os ajustes
necessários são menores.
Quando afinar um piano?
É fundamental que o piano seja afinado,
no mínimo, uma vez por ano, mas em uso intenso, como em escolas,
teatros, restaurantes e clubes, é recomendável que se faça isso mais
vezes, e sempre que necessário.
Um aspecto a ser levado em consideração é
que a audição dos estudantes deve ser apurada durante as aulas e
execuções, o que só é possível em instrumentos perfeitamente afinados. A
afinação de um piano, tanto de cauda quanto vertical,
cai natural e gradualmente com o passar do tempo. Além disso, quanto
mais utilizado o instrumento for, mais frequentes devem ser as
afinações.
Em importantes teatros e casas de
espetáculos, o piano é afinado antes de cada apresentação – e, por
vezes, até mesmo nos intervalos – para garantir o máximo de precisão nas
notas produzidas.
Um piano em bom estado pode apresentar
uma queda de afinação de 1/4 a 1/2 tom por ano. Portanto, se o
instrumento ficar por quatro anos sem ser afinado, provavelmente estará
um tom abaixo da afinação padrão após esse período.
Ou mais! Pianos nesse estado ou
que sejam submetidos a mudanças drásticas de temperatura ou umidade,
normalmente, requerem o que se costuma chamar de afinação e repasse de
afinação, em que o processo normalmente é realizado pelo profissional em
duas ou três etapas.
Também não é aconselhável que se tente
subir o instrumento ao tom correto em um único passo, o que aumenta as
chances de as cordas não suportarem as altas tensões e arrebentarem, ou
não “segurarem” a afinação, rapidamente voltando a ficar desafinadas.
É importante lembrar que, antes de
qualquer procedimento, pianos seminovos ou usados devem ser avaliados
por um profissional qualificado que possa atestar se o instrumento
possui problemas de funcionamento e se, além da afinação, necessita de
regulagem de mecanismo ou até mesmo uma reforma. Dependendo do estado do
piano, o processo de afinação pode ser inútil e a tensão aplicada às
cordas pode ocasionar problemas maiores e de mais difícil solução.
fotos e imagens da internet - http://blog.fritzdobbert.com.br/tudo-sobre-piano/afinacao-de-pianos-necessidade-periodicidade-e-cuidados/
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