Ouvido Absoluto é a capacidade de identificar qualquer som em forma de nota musical
(ARTISTAS COM OUVIDO ABSOLUTO no final desta postagem)
sem um tom de referência. Mas não se limita à música, a pessoa é capaz de identificar tons em qualquer tipo de som, desde barulhos na rua até sons de animais e pessoas.
Ouvido absoluto é um fenômeno auditivo, geralmente considerado
raro, que se caracteriza pela habilidade de uma pessoa identificar ou
recriar uma dada nota musical, mesmo sem ter um tom de referência.[1][2] Portanto, uma pessoa com ouvido absoluto tem a capacidade de formar uma imagem auditiva interna de qualquer tom musical marcado por um símbolo apropriado (nota,
letra). Assim, pode naturalmente identificar qualquer tom acusticamente
apresentado (ouvido absoluto passivo) e, mais raramente, cantar
qualquer tom de memória, sem referências externas (ouvido absoluto
ativo). A distinção entre os ouvidos passivo e ativo não parece ser
muito importante. Não há evidências de que uma pessoa possa ter um bom
ouvido absoluto ativo enquanto falhe no passivo ou vice-versa. As
pessoas que têm um verdadeiro ouvido absoluto afirmam que reconhecem
tons imediatamente e sem usar truques como o zumbido ou assobio. Embora o ouvido absoluto em seres humanos normalmente seja dependente da classificação dos tons de acordo com as convenções de notação musical,
não é simplesmente o nome da nota musical que pode ser identificado mas
sim as próprias qualidades da nota, segundo os dotados dessa
habilidade. As características de um tom são identificadas com maior
exatidão do que mais ou menos uma tolerância de frequência de 70%
predefinida pelo intervalo de semitons
que forma a menor unidade na notação musical ocidental. O possuidor de
tal ouvido pode dizer se um tom tocado acusticamente é mais agudo ou
mais baixo em relação a uma entonação padrão interna a tal possuidor.
Verifica-se que a entonação padrão de diferentes possuidores de ouvido
absoluto pode ser diferente, dependendo do nível de entonação a que
tenham sido expostos quando crianças. Isso se torna evidente quando
possuidores de ouvido absoluto relatam achar difícil escutar ou tocar
música em um nível de afinação que difere do seu padrão interno. No idioma inglês, tal capacidade de ouvir e, imediatamente, reproduzir o som ouvido é chamada perfect pitch.
A expressão sugere, porém, que possuidores de ouvido absoluto são
abençoados com audição bem melhor do que a das outras pessoas ou que
são, de certo modo, capazes de medir a frequência
apenas por ouvir, com bastante exatidão, a nota. Isso não é bem
verdade. Embora essas pessoas, assim como a maioria dos músicos, sejam
capazes de avaliar sons mais precisamente que outros, isto está
relacionado à sua devoção ao som e, em especial, ao treino. Em
experimentos de percepção sonora,
possuidores de ouvido absoluto produzem resultados que normalmente não
são diferentes dos de outras pessoas. Em especial, nos ouvidos dos
possuidores de ouvido absoluto ocorrem mudança de percepção e desvios de
oitava,
assim como em pessoas "normais". Possuidores de ouvido absoluto tendem a
esticar a escala de tons. A capacidade de produzir música subjetiva
(música interna do cérebro) é recorrente em alguns portadores da síndrome de Asperger. (wikipedia)
OUVIDO ABSOLUTO (revista superinteressante)
É a capacidade de perceber e dar nome a cada uma das notas que chega
ao seu ouvido. E não estamos falando só de música: também vale sons
vindos de buzina, chiados da natureza, vozes de animais, barulhos de
máquinas… A explicação para esse dom não está no aparelho auditivo, mas
na cabeça.Quem tem ouvido absoluto possui mais capacidade de receber e
interpretar estímulos do lado esquerdo do cérebro, onde os sons são
processados. “Neles, essa região é ainda mais ativa que em músicos”, diz
Mauro Muszkat, neurologista da Unifesp. Uma em cada 10 mil pessoas tem essa habilidade, mas os especialistas
não sabem explicar ao certo por que ela ocorre. Alguns acham que é uma
característica herdada geneticamente. Outros, que é um talento
desenvolvido com muita dedicação e treino. Há os que acreditam, ainda,
que todos nós nascemos com essa habilidade, mas, se não a utilizamos, a
perdemos. Apesar de se manifestar normalmente em músicos, leigos também podem
ter ouvido absoluto. Nesse caso, as respostas são sensoriais: ele terá
facilidade em armazenar e codificar tons e saberá instintivamente
encontrar as notas em um instrumento, mesmo sem saber o nome delas.
Ruído para os ouvidos
Quando um ouvido absoluto faz a diferença
Jimi Hendrix
Sem grana para comprar um diapasão, ele foi a uma loja, dedilhou um
instrumento aberto e afinou seu primeiro violão depois, em casa. No
começo da carreira, aprendia todo o repertório de uma banda nova ouvindo
as músicas uma única vez.
Mozart
Aos 5 anos ele já tocava piano e compunha melodias inteiras. Seu pai,
exigente, o obrigava a estudar sem parar. Seu ouvido absoluto lhe
permitiu classificar o grunhido de um porco: era um sol sustenido.
João Gilberto
Parte do seu mau humor vem de seu ouvido absoluto. Supersensível,
João não tolera celular, cochichos na platéia, ar-condicionado
barulhento ou caixas de som desreguladas – por isso mandou trazer
técnicos do Japão para seus últimos shows no Brasil.
Hermeto Pascoal
Quando era criança, transformava panelas, bacias com água e penicos
em instrumentos afinadíssimos. Em um de seus discos, Hermeto deu uma de
Mozart e utilizou porcos para criar novas sonoridades.
Ouvido Absoluto (https://biosom.com.br)
é a capacidade de identificar qualquer nota musical ou cantar sem um
tom de referência. Mas não se limita à música, a pessoa é capaz de
identificar tons em qualquer tipo de som, desde barulhos na rua até sons
de animais e pessoas. Na parte musical, quem tem ouvido absoluto é
capaz de cantar ou tocar quando necessário, mesmo que não saiba a nota
da música. Não apenas músicos têm essa habilidade, qualquer pessoa
pode ter o ouvido absoluto. Estima-se que uma pessoa entre dez mil,
possui esta característica. Não há uma explicação unânime para este dom.
Há linhas de pesquisa que afamam que o ouvido absoluto é herdado
geneticamente, outros linhas acham que pode ser desenvolvido com treino
diário. Pessoas que possuem ouvido absoluto tem uma certa
dificuldade em compreender a harmonia da música, o acorde é formado por
um conjunto de notas e a pessoa que tem essa habilidade, ela apenas ouve
notas musicais. Será possível desligar o ouvido absoluto? A
pessoa tem que ficar o dia inteiro ouvindo notas? Com a pessoa se
acostumando e treinando a controlar seu ouvido absoluto, é possível
apenas utilizá-lo nas horas necessárias. “O dom não garante a
criatividade na composição e nem na genialidade da interpretação. Um
músico com ouvido absoluto pode tocar como um robô, técnica não
significa expressividade.” Segundo Helen Tucker, professora de música
para crianças em Londres.
Estudos feitos por especialistas
Foram feitos exames de ressonância magnética
pelo neurologista Steinmetz e seu parceiro Gottfried Schlaug, dentre
trinta músicos, onze tinham ouvido absoluto e dezenove não, eles foram
comparados com outras trinta pessoas. Chegaram a conclusão que o lobo
temporal esquerdo é um pouco maior que o direito, para os músicos a
diferença pode chegar a dobrar e pode ser maior ainda para aqueles que
têm o ouvido absoluto. Ninguém desenvolve ouvido absoluto sem
estar exposto à música desde cedo. Ser treinado, mesmo que seja ouvindo
alguém de sua familia cantar afinado no chuveiro. A Universidade de Nova York,
pesquisou 600 pessoas com ouvido absoluto e descobriu que 25% dos seus
filhos também têm essa capacidade. A diferença está em aprender entre
três e seis anos. No máximo até os nove anos. Diz o psicólogo da
Universidade McGill, Daniel Levitin.
O “ouvido absoluto” é uma qualidade auditiva que permite a identificação
das notas tocadas e onde elas estão na escala. Embora pareça ser uma
propriedade inerente à nota, o ouvido absoluto está mais relacionado a
sensação subjetiva que ocorre na audição e permite que a pessoa
identifique notas musicais de acordo com o que ouve. Muitos músicos
acreditam que o ouvido absoluto vem de nascença, mas é possível treinar
os ouvidos para ter uma maior sensibilidade às alterações de som,
através de estudo e exercícios.
Ouça cada nota repetidamente. Escolha uma nota básica
que você deseja aprender. Comece com algo simples, como A (Lá) ou C
(Dó). Toque a nota repetidamente até começar a memorizar seu som. Esta é
a forma mais rudimentar de memorização, onde você aprenderá o som de
uma nota específica e absorverá a maior quantidade de propriedades
auditivas que puder
Reflita sobre as outras qualidades da nota. Em vez de
simplesmente ouvi-la, tente vê-la ou, até mesmo, senti-la. A nota traz
alguma sensação ou emoção específica? Ela faz você se lembrar de alguma
cor ou alguma cena? Concentre-se nas características da nota. Seu ouvido
vai começar a melhorar conforme você for desenvolvendo sua memória
musical criativa.[2]
Os músicos geralmente se referem à essa prática como “audição
colorida”, que se define uso de outros elementos sensoriais para
fomentar o som na memória do ouvinte.
Como exemplo geral, as notas menores geralmente evocam sentimentos
de melancolia, enquanto as maiores (ou naturais) trazem sentimentos de
excitação, alegria ou triunfo.
Associe a nota com outro som. Pense em outros sons
fora da música que lembrem essa nota. Fazer associações pode ajudar a
solidificar a estrutura tonal da nota na sua cabeça; um Fá bemol, por
exemplo, lembra um transatlântico soando sua sirene.
Músicos que usam essa ferramenta mnemônica permitem que as notas
formem ilustrações vívidas em suas memórias, fazendo-as mais memoráveis.
Aprenda as variações da nota. Fazer distinções
envolve ser capaz de dizer quais notas tem maior ou menor frequência do
que as outras, então, aprenda a reconhecer as mesmas notas em diferentes
oitavas, além do som geral da nota em si, e dos seus modos sustenido e
bemol. Se você se familiarizar com essas variações, você terá um ouvido
melhor para identificar quando a nota foi corretamente tocada e quando
ela está muito grave ou aguda.[4]
giro de heschl (no cérebro) e o ouvido absoluto
O ”sustenido” se refere à notas que estão meio tom acima de sua
frequência base, enquanto o “bemol" indica uma nota que está meio tom
abaixo.
Muitos erros ocorrem pela falta de costume em identificar as variações de nota.
Treine-se para identificar uma nota por vez. Depois
de aprender as notas na escala, escolha uma para aprender a discernir em
relação às outras. Peça para alguém tocar as notas para você sem seguir
uma ordem específica, tanto das mais agudas para as mais graves, como
no inverso. Preste atenção para encontrar a nota que você busca. Avise a
pessoa quando achar que a nota que você está memorizando for tocada.
Confira para ver se acertou.
Concentre-se em aprender uma ou duas notas por vez. Assim, você não
se sentirá sobrecarregado e aprenderá com mais facilidade ao longo do
tempo
Identifique as notas aleatoriamente. Como uma versão
avançada do exercício anterior, peça para a pessoa tocar notas
aleatórias lentamente e tente identificá-las. Esse exercício é mais
desafiador e requer que você tenha uma noção de cada nota. Porém, isso
vai reforçar enormemente seu aprendizado.[7]
Adicione as notas sustenidas e bemóis quando já for capaz de identificar as notas maiores com precisão.
Entenda a formação de acordes. O acorde é um som
harmônico e complexo, resultado da combinação de notas tocadas
simultaneamente. Com o ouvido mais apurador, você será capaz de não só
identificar o acorde, mas as notas que o formam. Pratique da mesma forma
que você fez para a identificação de notas isoladas. Peça para alguém
tocar acordes aleatórios e tente identificá-los.
O reconhecimento de acordes é uma tarefa difícil que pode ser
realizada apenas por ouvintes mais treinados, pois é preciso, além de
identificar o acorde, identificar também as notas que o compõem.
Ouça notas de fontes improváveis. Preste mais atenção
nos sons ao seu redor. Muitos podem parecer notas musicais. A próxima
vez que ouvir a buzina de um carro, por exemplo, ou o alarme do seu
celular, tente relacioná-los com as notas na sua cabeça. Essa tarefa
será mais fácil se você já tem o hábito de fazer associações entre notas
e sons não musicais.[10]
Dê uma volta pela sua casa e identifique as notas produzidas pelo
seu celular, pelos botões do micro-ondas, pelo som de um garfo batendo
em um copo, botões da máquina de lavar, etc.
O termo “nota" geralmente se refere à um som que mantém frequência
consistente, portanto, há diversas notas sendo emitidas todos os dias,
mesmo fora do contexto musical
Cante notas diferentes. Reforce a conexão entre o
ouvido e os tons distintos ao replicar as notas através da sua voz.
Separe alguns minutos todos os dias para cantar uma seleção de notas com
a maior precisão possível, tentando formar uma “imagem” clara da nota
na sua cabeça. Assim como você se tornou capaz de reconhecer as notas
conforme são tocadas, a essa altura você também deve ser capaz de
aplicar essa habilidade da forma inversa, reproduzindo uma nota
específica automaticamente.
Não se sinta mal se você não sabe cantar. Pratique sozinho para ganhar confiança e poder cantar na frente dos outros.
Aprender a cantar as notas corretamente também serve como um treinamento básico para os vocais.
Toque as mesmas notas em instrumentos diferentes.
Como se trata basicamente de percepção, pode ser útil se familiarizar
com a sonoridade das notas em diferentes instrumentos. Cada um tem um
timbre que influencia na qualidade tonal das notas produzidas, mas as
notas em si se mantêm perfeitamente reconhecíveis, porque são definidas
pela frequência básica e soam da mesma forma independentemente do som.[13]
Toque a mesma escala no piano, no violão, em uma flauta e um violino. Considere as similaridades e diferenças entre os timbres
Peça para alguém testar você. Instrua um amigo a
recitar uma série de notas aleatórias e cante-as para ele. Aumente o
ritmo de resposta conforme for ganhando proficiência na produção de
notas. Para aumentar a dificuldade do exercício, acrescente as variações
(sustenido e bemol).
Mantenha um afinador eletrônico à mão para poder conferir a precisão das notas que você está tentando acertar.
Pratique. Use seu novo conhecimento das propriedades
sonoras das notas musicais para melhorar o seu domínio técnico. Não vai
adiantar ficar se testando para identificar notas se você não aplicar
isso em composições ou apresentações. Não há substituto para a maior
quantidade de prática possível.[15]
Além de exercitar os ouvidos, preste atenção na progressão das
músicas que você ouve, reproduzindo mentalmente a partitura e tentando
tocar as músicas de ouvido em algum instrumento depois de ouvir apenas
uma ou duas vezes
Dicas
Embora alguns especialistas insistam que o ouvido absoluto é inato e
não pode ser aprendido, cada vez mais estudos apontam que isso não é
necessariamente verdade. Pode ser mais difícil e exigir mais tempo para
quem não tem a aptidão natural, mas essa habilidade pode ser
desenvolvida.
Todos têm a capacidade de melhorar o ouvido musical. Pratique com a
mentalidade de que você só precisa de tempo e esforço para conseguir.
Ao aprender a identificar as notas com a sua voz, escolha uma extensão vocal confortável para você.
Estudar com um professor de música pode ajudá-lo a aprender como
novos exercícios e teorias que podem melhorar ainda mais seu ouvido.
Não se sinta desmotivado se você descobrir que seus ouvidos não
estão se desenvolvendo com a velocidade desejada. Pode levar anos de
estudo para desenvolver essas habilidades.
Avisos
Se você está usando um instrumento para ajudar a identificar as
notas, confira se ele está afinado corretamente. Um instrumento
desafinado pode ajudar a diferenciar as notas, mas seus esforços serão
em vão se você não souber como as notas soam de verdade.
Materiais Necessários
Piano, violão ou outro instrumento para identificar o tom da nota musical.
Christine Anderson - "Coisas fora de sintonia fazem-me sentir meio
intoxicada... mas no bom sentido. Como se eu estivesse num carnaval em
um sonho. Não sei se faz muito sentido, mas eu tenho um ótimo
reconhecimento de notas. Eu vejo cores para diferentes tons, notas,
etc." [Christine Anderson, pianista e cantora dos EUA]
Claudio Arrau
- "O garoto Arrau", com 6 anos de idade, desceu do piano para comer
alguns doces e, entre um e outro tratamento, os músicos tocaram acordes
para ele, umas dez notas de cada vez. De costas para o piano, ele
identificou os acordes perfeitamente, nota por nota, como se estivesse
identificando objetos domésticos.[Claudio Arrau, pianista chileno.
trecho retirado de Arrau on Music and Performance, Dover, 1999]
Ritchie Blackmore
- "Assim, na prática, posso ouvir diversos tons. Eu era obcecado com o G
(Sol) por algum tempo. G é muito brilhante, e muito óbvio. F# menor é
muito sutil. E (Mi) é muito pouco forte. Então você tem D (Ré), que
lembra muito a primavera. D é um acorde muito antigo, como se fosse
renascentista . A (Lá) menor é provavelmente meu tom favorito neste
momento. Com E, penso que é um pouco básico algumas vezes." ( Ritchie
Blackmore, guitarrista. Trecho retirado de Interview on Guitar, de
dezembro de 1996)
Hayley Westenra
Michelle Branch
- "A primeira documentação do meu canto foi quando eu tinha três anos
de idade. Meus pais decidiram que íamos gravar uma fita com eu cantando
minhas músicas favoritas e enviá-lo para a minha avó. Eu usei ouvido
absoluto para cantar, embora eu não soubesse a maior parte das
palavras." (Michelle Branch, guitarrista americana.)
Benjamin Britten
- Britten, por ter ouvido algumas canções no gramofone da escola,
transcreve a melodia para ela, no seu tom correto. (Benjamin Britten,
condutora e compositora inglesa. Trecho retirado de Letters from a Life:
Selected Letters and Diaries of Benjamin Britten, Vol. 1, Letter 10 [to
his mother])
Mariah Carey - "Felizmente,
ela descobriu a arte de cantar e tinha um talento natural para isso.
Tendo ouvido absoluto, ela podia cantar de volta exatamente o que ela
ouvia com quatro anos de idade." (Mariah Carey, cantora americana. Trecho retirado de Star Bios)
Pablo Casals
- "Quando meu irmão Arturo e eu éramos muito jovens, meu pai fazia-nos
ficar atrás do piano. [...] Ele costumava afundar suas mãos sobre o
teclado, e tínhamos de enumerar os tons que ouvíamos." (Pablo Casals,
Celista, maestro e compositor espanhol. Trecho retirado de José Ma.
Corredor, Pablo Casals cuenta su vida. Conversaciones con el maestro.
Barcelona: Editorial Juventud, 1975.)
Frédéric Chopin
- O autor afirma que Chopin era capaz de distinguir um A441 de um A440.
(Chopin, pianista e maestro do século XIX) Trecho retirado de Harold C.
Schonberg, The glorious ones [embora sirva como uma boa fonte de
evidências, este livro não é de modo algum recomendado como estudo
biográfico, sociológico ou histórico dos indivíduos, personagens e
períodos de que trata]
David Lucas Burge - criador do The Perfect Pitch Ear Training Super Course
Bing Crosby
Bing Crosby
- "Certa fonte diz que ele tinha ouvido absoluto e podia cantar uma
canção que ele não sabia só de ouvir alguém a zumbindo para ele." (Bing
Crosby, cantor e ator americano. Trecho retirado de Gary Giddins, Bing
Crosby: A Pocketful of Dreams, Little Brown & Company, 2001)
Jacqueline du Pré
- "Eu estava assistindo a um vídeo de seu concerto Jacqueline du Pré e
os Elgar Cello. Antes do desempenho real, mostrou-se seu trabalho com um
de seus alunos para o concerto tocando instrumentos de corda, ela era
capaz de tocar o instrumento e, em seguida, cantar a frase em perfeita
sintonia, ela fez isso várias vezes ao longo de todo o vídeo. Como eu
conheço o concerto, eu poderia dizer de imediato que ela estava em
perfeita sintonia. Poucos meses depois eu estava lendo um livro chamado
"Jacqueline, uma biografia", neste livro é mencionado um incidente (por
sua mãe concerto Pianista Iris Greep), que ocorreu quando Jacqueline
tinha cerca de 8 ou 9 anos de idade. Ela estava se preparando para tocar
em uma competição e ao passo que direcionavam-se ao lugar de sua
apresentação, o relógio conhecido como Big Bang tocou. Instantaneamente
ela nomeou o intervalo entre um toque e outro e os dois tons que havia
ouvido com perfeita exatidão." (Jacqueline Du Pré, celista inglesa.
Trecho retirado de Jacqueline Du Pré and the Elgar Cello Concerto video e
Carol Easton, Jaqueline Du Pré: A Biography, Da Capo, 2000 [há muitas
biografias de Jacqueline Du Pré, mas este parece ser o que mais se
parece com o título dado no testemunho)
Ella Fitzgerald
- "Basta ouvir a forma como ela pode iniciar uma música antes de sua
banda, e mesmo assim permanece em perfeita sintonia. Em seu álbum ao
vivo em Berlim, sua canção How High The Moon, mostra, especialmente no
final, quando o ritmo da música cai, e ela modula através de vários tons
e tonalidades." (Ella Fitzgerald. Cantora americana.)
Gerardo Gandini - "Gandini estava sentado ao piano, falando sobre o escritor argentino Macedonio Fernández, com quem ele fez uma ópera com um libretto por Ricardo Piglia,
e disse que a personalidade de Macedonio era similar ao tom de Fá
menor. Parece muito pouco provável que ele pudesse fazer esse tipo de
comparação sem possuir ouvido absoluto. (Gerardo Gandini, pianista e
compositor argentino)
David Helfgott - "Eu produzi dois dos CDs de David, Brilliantissimo e
Brave New World, para a BMG Classics. Eu tinha ouvido muito sobre seus
dias de estudante no Royal College of Music de pessoas que estavam lá
com ele, incluindo algumas histórias indicando que ele possui ouvido
absoluto (por exemplo, ele pode tocar no piano qualquer coisa que ele
acabou de ouvir no rádio, como uma sinfonia). Antes de tomar face a este
valor, no entanto, decidi levar a cabo alguns testes objectivos.
Enquanto gravava Brillantismo, eu pedi para David nomear notas que eu
escolhi aleatoriamente sobre o piano Bechstein na sala onde estávamos
gravando. Enquanto ele estava desocupado no camarim bem longe da vista
do piano, ele nomeou corretamente cada nota que eu toquei. Então, eu
toquei um acorde desconhecido de 8 notas com muitos intervalos incomuns,
e novamente, ele nomeou cada nota do acorde sem hesitar. Tenho de dizer
que fiquei impressionado!" (David Helfgott, pianista australiano.)
Jimi Hendrix - "Quando ele começou a aprender guitarra, não podia comprar um diapasão,
por isso ele foi na loja de música local, percorreu seus dedos sobre as
cordas, foi para casa e afinou-a. Como a guitarra tem quartas em seus
intervalos entre cordas, só alguém com ouvido absoluto poderia ter feito
isso, ou qualquer pessoa com um afinador digital ou um ouvido de 2
meses de aula de guitarra. Embora Hendrix nunca tivesse aprendido a ler
música escrita, no início de sua carreira como sideman ele
poderia aprender o novo repertório inteiro de uma banda em uma ou duas
horas por ouvir as músicas apenas uma vez. Mais uma vez, isso vai além
de alguém com ouvido absoluto." (Jimi Hendrix, guitarrista e cantor
americano. Trecho retirado de Austin Prichard-Levy e Totte Willén.)
Yanni
- "O entrevistador começou a tocar aleatoriamente notas no teclado, e
Yanni, sem hesitação, identificou com precisão cada uma delas. Ele tem
ouvido absoluto, e compõe suas próprias músicas." (Yanni, compositor e
pianista grego. Trecho retirado de Stephen Knopp)
Steve Vai
detém o chamado ouvido absoluto. Em seus shows ele chama as pessoas pra
cantar e fazer sons, rapidamente ele consegue reproduzir em sua
guitarra com perfeição os sons,e isso é apenas ma brincadeira que ele
gosta de fazer em seus concertos.
Oscar Peterson
- "Eu comprei um vídeo sobre a vida de Oscar Peterson no qual sua irmã
estava sendo entrevistada. Ela disse que, quando eles eram jovens, ambos
tiveram aulas de piano e um dia eles estavam testando os ouvidos um do
outro. Oscar era capaz de nomear até cinco tons agregados sem olhar para
o piano" (Oscar Peterson, pianista e músico de jazz canadense.)
John Logan Skelton - "Ele contou-nos histórias sobre ouvido absoluto
no seus tempos de escola e disse que, quando tinha cerca de 6 anos, seu
professor o testou e ele lembra que sabia o que as notas eram, mas não
sabia como eram chamadas." (John Logan Skelton, pianista e compositor
americano.
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